Julho Verde-Escuro: mês de prevenção dos cânceres ginecológicos

A campanha Julho Verde-Escuro é um marco na conscientização sobre os cânceres ginecológicos, que ainda afetam milhares de mulheres no Brasil. Neste mês, o objetivo é ampliar o diálogo sobre os principais tipos — colo do útero, ovário e endométrio — reforçando a importância do rastreamento, da prevenção e do papel do ginecologista na saúde feminina.

Por que precisamos falar sobre cânceres ginecológicos?

Cânceres ginecológicos são aqueles que afetam o sistema reprodutor feminino. Os mais comuns incluem:

  • Câncer do colo do útero: geralmente causado pela infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano), é altamente prevenível por meio da vacinação e do exame de Papanicolau, que identifica alterações antes que evoluam para o câncer.
  • Câncer de ovário: costuma não apresentar sintomas nos estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando aparecem, sinais como distensão abdominal, dor pélvica e alterações urinárias podem surgir, mas são facilmente confundidos com outras condições.
  • Câncer de endométrio: atinge o revestimento interno do útero e pode estar relacionado a desequilíbrios hormonais. Seu sintoma mais comum é o sangramento uterino anormal, especialmente após a menopausa.
  • Câncer de vulva: mais raro, pode surgir como lesões ou feridas persistentes na região genital, geralmente em mulheres mais velhas. A detecção precoce é feita através de exames clínicos durante a consulta ginecológica.
  • Câncer de vagina: representa uma pequena parcela dos cânceres ginecológicos, mas também pode estar relacionado ao HPV. Manifesta-se com sangramentos, corrimentos anormais ou dor durante as relações.

Falar sobre esses tipos de câncer de maneira clara, empática e com base científica é essencial para ampliar o conhecimento da população feminina. Isso permite que mais mulheres reconheçam possíveis sinais de alerta, adotem atitudes preventivas e busquem acompanhamento especializado com maior segurança e consciência.

Estratégias eficazes de prevenção

A prevenção dos cânceres ginecológicos envolve uma série de atitudes e cuidados que podem ser adotados em diferentes fases da vida da mulher. A vacinação contra o HPV é uma das estratégias mais eficazes e deve ser realizada preferencialmente antes do início da vida sexual, mas continua sendo benéfica mesmo em fases posteriores. Ela protege contra os tipos mais agressivos do vírus e, consequentemente, reduz significativamente o risco de desenvolvimento do câncer do colo do útero.

Outra medida essencial é a realização regular do exame de Papanicolau, que permite identificar alterações celulares antes mesmo do aparecimento de um câncer. A periodicidade do exame pode variar conforme idade, histórico pessoal e orientação médica, mas, de modo geral, recomenda-se que mulheres sexualmente ativas iniciem o rastreamento a partir dos 25 anos.

Além disso, é importante manter atenção a possíveis sinais de alerta, como sangramentos anormais, corrimentos persistentes, dor pélvica sem causa aparente ou sensação de pressão abdominal. Esses sintomas podem ter diversas causas, mas a avaliação precoce é essencial para afastar ou confirmar diagnósticos mais complexos.

O ginecologista como aliado na prevenção

O acompanhamento com o ginecologista deve ser constante, mesmo na ausência de sintomas. É durante essas consultas de rotina que se realiza o rastreamento, se avaliam fatores de risco e se discutem orientações individualizadas. O profissional também poderá solicitar exames complementares, como ultrassonografias, colposcopia ou histeroscopia, quando necessário, e acompanhar alterações hormonais que podem interferir na saúde ginecológica, especialmente em fases como o climatério ou pós-menopausa.

É importante lembrar que o ginecologista não atua apenas na detecção de doenças, mas também na promoção de saúde. A escuta qualificada, o esclarecimento de dúvidas e o acolhimento são partes fundamentais da relação médico-paciente e contribuem diretamente para o bem-estar da mulher.

Quando procurar ajuda médica?

Mesmo que o rastreamento preventivo seja o ideal, existem sinais que não devem ser ignorados. Sangramentos fora do período menstrual ou após a menopausa, dor durante as relações sexuais, corrimentos com odor ou coloração incomum, aumento inexplicado do volume abdominal e alterações no ciclo menstrual são manifestações que merecem investigação.

Procurar o ginecologista nesses casos não significa antecipar diagnósticos graves, mas sim garantir que qualquer alteração seja avaliada com responsabilidade, evitando atrasos em tratamentos quando necessários.

Conscientização para todos os meses do ano

Julho é o mês simbólico da conscientização, mas o cuidado com a saúde íntima e a prevenção dos cânceres ginecológicos deve ser contínuo. Estar informada, manter uma rotina de acompanhamento médico e adotar hábitos saudáveis são atitudes que fazem diferença em todas as fases da vida.

Promover o conhecimento e desmistificar o medo de exames ou diagnósticos é um dos caminhos para fortalecer a saúde da mulher e reduzir a incidência dessas doenças que, em muitos casos, são evitáveis.


Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Para orientação personalizada, consulte um ginecologista de sua confiança.

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