Cólicas intensas na adolescência: o que pode ser e quando se preocupar

As cólicas intensas na adolescência são uma queixa comum, mas que nem sempre recebe a devida atenção. Em boa parte dos casos, elas fazem parte da adaptação do corpo ao ciclo menstrual. No entanto, quando a dor é frequente, forte ou incapacitante, é importante investigar as causas com orientação médica.

Neste artigo, você vai entender o que é considerado normal durante essa fase da vida, quais sinais exigem atenção e como o acompanhamento ginecológico pode ajudar a promover mais qualidade de vida desde a adolescência.

O que é considerado normal nas cólicas da adolescência

Durante os primeiros anos após a menarca — a primeira menstruação — é comum que o ciclo ainda esteja em fase de regulação. Nesse período, muitas adolescentes sentem desconfortos que variam de intensidade, duração e localização. Em geral, essas cólicas ocorrem logo antes ou durante os primeiros dias da menstruação, melhoram com analgésicos comuns e não impedem as atividades do dia a dia.

As cólicas menstruais, chamadas de dismenorreia primária, acontecem por causa da contração do útero para eliminar o endométrio. Esse processo é fisiológico e tende a diminuir com o tempo. Além disso, alimentação saudável, prática de exercícios físicos e sono adequado ajudam a reduzir o desconforto.

Por outro lado, quando a dor é intensa, recorrente e interfere na rotina da adolescente, é preciso investigar se existe alguma condição associada.

Quando a cólica intensa merece atenção

Alguns sinais indicam que a cólica pode não ser apenas parte do ciclo menstrual. Por isso, é importante observar:

  • Dor muito forte que não melhora com analgésicos comuns
  • Desconforto que impede a adolescente de frequentar a escola ou realizar atividades cotidianas
  • Cólicas que surgem fora do período menstrual
  • Outros sintomas associados, como náuseas, diarreia, sangramento irregular ou dor durante as evacuações

Esses sintomas podem estar relacionados a condições como endometriose, adenomiose ou alterações hormonais. Embora essas doenças sejam mais diagnosticadas na vida adulta, é possível que os sinais apareçam desde a adolescência.

Nesses casos, o acompanhamento com o ginecologista é essencial. O profissional poderá avaliar o histórico da paciente, solicitar exames e orientar sobre os tratamentos disponíveis, sempre respeitando a idade e o momento de vida da adolescente.

A importância do acompanhamento ginecológico desde cedo

A adolescência é um período de muitas mudanças físicas, hormonais e emocionais. Iniciar o acompanhamento com o ginecologista nessa fase ajuda não apenas a investigar sintomas como a cólica, mas também a construir um vínculo de confiança com a saúde íntima.

Durante a consulta, o médico orienta sobre o ciclo menstrual, sintomas esperados, métodos para alívio das dores e, quando necessário, indica exames complementares. Além disso, o ginecologista atua na prevenção de doenças e na educação sobre o corpo.

É importante que mães, pais ou responsáveis estejam atentos às queixas da adolescente e ofereçam um ambiente de acolhimento. Falar sobre cólica, fluxo, alterações no corpo e desconfortos não deve ser motivo de vergonha ou tabu.

Quanto antes essas conversas forem naturalizadas, mais cedo a adolescente terá autonomia e consciência sobre sua saúde ginecológica.

Para esclarecer dúvidas e receber uma orientação individualizada sobre o seu caso, você pode agendar uma consulta com o Dr. Leonardo Rezende.
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