A menopausa representa uma fase natural na vida da mulher. Ela marca o encerramento do ciclo menstrual e traz mudanças hormonais que impactam diretamente diversas áreas da saúde, incluindo a saúde íntima.
Embora seja uma etapa esperada, muitas mulheres enfrentam desconfortos físicos e emocionais que afetam seu bem-estar e sua qualidade de vida. Portanto, compreender essas transformações e saber como cuidar da saúde íntima na menopausa se torna essencial.
O que acontece com a saúde íntima na menopausa?
Quando os níveis de estrogênio diminuem, ocorrem diversas alterações no corpo feminino. Na região genital, essa queda hormonal provoca impactos diretos na lubrificação, na elasticidade dos tecidos e no equilíbrio da microbiota.
Consequentemente, surgem alguns desconfortos, como:
- Ressecamento vaginal, que gera ardência, desconforto e, muitas vezes, dor durante as relações.
- Perda de elasticidade da mucosa, deixando a região mais sensível e propensa a microlesões.
- Maior frequência de infecções urinárias e vaginais, devido ao desequilíbrio na flora vaginal.
- Diminuição da libido, influenciada por fatores físicos, emocionais e hormonais.
- Tendência à incontinência urinária, consequência do enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico.
No entanto, essas mudanças não precisam ser encaradas como algo inevitável. Atualmente, é possível contar com tratamentos seguros, eficazes e acessíveis, que ajudam a manter a saúde íntima em equilíbrio.
Como cuidar da saúde íntima na menopausa?
O primeiro passo é reconhecer que existem formas de tratar e prevenir os desconfortos. A hidratação da mucosa vaginal, por exemplo, oferece alívio imediato contra o ressecamento. Além disso, o uso de lubrificantes íntimos melhora significativamente o conforto nas relações.
Outro cuidado essencial envolve a avaliação ginecológica. O médico analisa o histórico da paciente e, quando necessário, sugere a reposição hormonal. Esse tratamento pode ser local — atuando diretamente na região íntima — ou sistêmico, quando os sintomas afetam o corpo como um todo, incluindo sono, humor e saúde óssea.
Além disso, fortalecer a musculatura do assoalho pélvico é uma estratégia altamente recomendada. A fisioterapia pélvica auxilia na prevenção e no tratamento da incontinência urinária, além de melhorar a resposta sexual e a qualidade do orgasmo.
Por fim, os cuidados com a higiene íntima fazem parte da rotina. Portanto, utilizar sabonetes neutros, evitar duchas vaginais e priorizar roupas íntimas de algodão são medidas simples, porém muito eficazes.
Quais tratamentos ajudam na saúde íntima na menopausa?
Felizmente, a medicina oferece atualmente diversos recursos que melhoram significativamente a qualidade de vida da mulher. Os principais incluem:
- Terapia hormonal local, indicada para desconfortos restritos à região genital, proporcionando alívio seguro e efetivo.
- Terapia hormonal sistêmica, recomendada quando os sintomas são mais intensos e afetam não só a saúde íntima, mas também outros aspectos, como ondas de calor, insônia e osteoporose.
- Laser ginecológico, uma tecnologia que estimula a produção de colágeno, melhora a hidratação e restaura a elasticidade dos tecidos vaginais.
- Fisioterapia pélvica, essencial para fortalecer o assoalho pélvico, prevenir a incontinência urinária e melhorar a qualidade das relações sexuais.
Portanto, cada uma dessas opções deve ser avaliada de maneira personalizada. O ginecologista considera o quadro clínico, o histórico e as queixas de cada paciente antes de indicar o tratamento mais adequado.
Por que o acompanhamento ginecológico é tão importante?
A menopausa não precisa ser encarada como uma fase de desconforto. Pelo contrário, ela pode ser vivida com bem-estar, saúde e plenitude, desde que a mulher receba acompanhamento adequado.
O ginecologista não se limita apenas a cuidar da saúde íntima. Durante as consultas, ele também monitora a saúde óssea, cardiovascular, metabólica e até mesmo aspectos emocionais. Dessa forma, é possível prevenir doenças, identificar alterações precoces e adotar estratégias de cuidado sob medida.
Cuidar da saúde íntima na menopausa, portanto, é um gesto de autocuidado, amor-próprio e valorização da própria qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica.
Se você deseja entender melhor os cuidados com a saúde íntima na menopausa, esclarecer dúvidas ou avaliar as opções de tratamento, a equipe do Dr. Leonardo Rezende está à disposição para orientações pelo WhatsApp:
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